Amanhã, 5 de maio, será comemorado o Dia Nacional das Comunicações. A escolha da data é uma homenagem ao nascimento Marechal Rondon, considerado o Patrono das Comunicações no país. De 1890 a 1916, o militar
mato-grossense percorreu mais de 100 mil quilômetros numa missão considerada quase impossível para a época: conectar pelo fio do telégrafo as cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo e o Triângulo Mineiro aos lugares mais distantes do Brasil.
Mais de 100 anos depois, os processos de comunicações e os serviços postais evoluíram em todo o mundo. Mas, ainda hoje, são os Correios que continuam o legado de Rondon de integrar o complexo e gigante território nacional. A empresa exerce um papel social inestimável, que leva aos brasileiros dignidade, cidadania e acesso a serviços públicos, atendendo a todos da mesma forma, seja onde for.
Não se trata apenas de uma empresa que entrega mais de 20 milhões de cartas e encomendas, todos os dias. Os Correios são o único operador logístico que chega em todos os 5.570 municípios brasileiros. Em 60% deles, também são o único representante da União. Estamos falando de inclusão bancária, emissão de documentos, distribuição de vacinas e donativos em caso de catástrofes.
Também estamos falando de megaoperações logísticas de alta complexidade. É por meio da capilaridade e expertise dos Correios que as urnas eletrônicas do Tribunal Superior Eleitoral, os livros didáticos do Ministério da Educação para crianças do ensino fundamental e as provas do Enem chegam em todos os lugares, no tempo exato.
Em Senador Thaumaturgo, município do Acre, onde não há acesso por rodovia, os objetos chegam por avião e depois seguem de barco até o outro lado do rio Madeira, onde fica a agência dos Correios. Para se chegar ao arquipélago de Bailique, no Amapá, o carteiro leva 12 horas de barco saindo de Macapá. Já para ir de Manaus a Manicoré, são quatro dias de viagem pelo rio Amazonas.
Engana-se quem pensa que a vocação de integrar dos Correios se limita ao território nacional. A empresa é a porta que leva para o mundo produtos nacionais, fruto do trabalho de milhares de micro e pequenos empresários brasileiros. Também por meio do
serviço Exporta Fácil, criado pelos Correios e reconhecido internacionalmente, o processo de exportação se tornou mais fácil e menos burocrático.
O Brasil precisa de um Correios forte, indutor do desenvolvimento social e econômico e motivo de orgulho nacional. É importante destacar, ainda, que a estatal é autossuficiente, não depende de recursos orçamentários do governo e não se mantém com impostos do cidadão. Ao contrário, gera receita para o Governo Federal. Fazendo o que sabem fazer, os Correios continuarão ocupando seu lugar no coração de todos os brasileiros. Por General Juarez Cunha, Presidente dos Correios.
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