O e-commerce está crescendo e se tornando cada vez mais fundamental para o mercado mundial de varejo. Segundo o Relatório Mobile App Trends 2022 da Adjust, as instalações de aplicativos do segmento cresceram 14% em 2021 somente na América Latina, ultrapassando a média global de 12%.
A plataforma de analytics mobile responsável pelo estudo selecionou algumas tendências entre apps de e-commerce, as quais os comerciantes e equipes de marketing devem se atentar. Confira 6 tendências que irão impulsionar o crescimento dos aplicativos de e-commerce, a seguir;
6 tendências para incentivar o crescimento de apps de e-commerce
1. Experiências de áudio: Após a pandemia de covid-19, aplicativos de áudio (como Spotify, Apple Music e YouTube Music) tiveram um crescimento anual de 31,5% — incentivados principalmente pelo boom dos programas de podcast. O setor de comércio eletrônico pode utilizar as plataformas para se aproximar dos clientes, como canal de perguntas e respostas, gravação de depoimentos e muito mais.
2. Compras em lives: As transmissões online com foco em vendas cresceram exponencialmente em plataformas como Instagram e YouTube. Desde 2021, as taxas de conversão foram 10 vezes maiores que os demais formatos de venda online. O Twitter ainda anunciou o início dos testes do "live commerce" no Brasil, com foco nos eventos do 2º semestre: Black Friday e Copa do Mundo.
3. Serviços compre agora e pague depois: Cresce a demanda no mercado por serviços de "Buy Now Pay Later", onde as plataformas permitem que os compradores realizem compras e paguem em várias parcelas. No Brasil, a modalidade pode ser encontrada através do parcelamento por Pix. Grandes corporativas, como Apple e PayPal, já oferecem serviços semelhantes.
4. Publicidade CTV: A TV Conectada (CTV) tem se tornado uma alternativa eficiente como canal de publicidade até o público-alvo. Segundo um estudo da Magnite, 91% dos brasileiros consomem conteúdo em CTVs e 79% dos telespectadores da América Latina não veem problema em assistir anúncios em troca de programação gratuita ou custos de assinaturas reduzidos.
5. Comércio headless: A arquitetura headless utiliza uma API para enviar informações em tempo real entre a vitrine digital voltada para o consumidor, ou front-end, e os processos, ferramentas e sistemas de back-end. A tecnologia oferece fácil integração e gerenciamento de vários canais, eliminando a necessidade de processos e ferramentas separados. Muitos comerciantes se voltaram para a tecnologia headless para criar uma experiência mais fluida para seus clientes em todos os canais.
6. Assistência de realidade aumentada: As experiências com realidade aumentada (AR) cresceram muito neste ano e possuem previsão de aumentar 20% entre 2022 e 2028. Segundo a Adjust, o aumento se deve à maior aderência de smartphones ao redor do mundo. Um exemplo de aplicação dessa tecnologia é o app da Sephora, loja de cosméticos, que utiliza o reconhecimento facial para que os clientes experimentem diferentes tons de maquiagem através da AR.
Foco do e-commerce na Copa do Mundo
Larissa Olival, Sales Executive da Adjust, ressalta que a temporada de compras de fim de ano se inicia com a Copa do Mundo da FIFA — oportunidade para as marcas capitalizarem durante o maior e mais popular evento esportivo do mundo.
"Além disso, é essencial que os profissionais de marketing fiquem atentos às tendências em mudança e ajustem suas estratégias de marketing para melhorar o engajamento do usuário, fidelizar o cliente e aumentar a receita", analisa Olival.
67% das vendas de e-commerce em 2021 foram realizadas via smartphone
A expectativa é que as vendas de e-commerce alcancem 5,42 trilhões de dólares até o final de 2022 — um crescimento de 10,6% em relação ao mesmo período de 2021, segundo a Shopify. O canal mobile é o principal responsável pelo crescimento, visto que 67% das vendas de e-commerces são provenientes de dispositivos móveis em 2021.
O Relatório Mobile App Trends de 2022 da Adjust, demonstra que as vendas do e-commerce varejista por dispositivos mobile alcançaram 3,56 trilhões de dólares em 2021, com mais de 100 bilhões de horas gastas em aplicativos de compras.
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